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Caso das Joias: PF Reforça Indiciamento de Fábio Wajngarten por Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 28 de jan.
  • 2 min de leitura

A Polícia Federal (PF) comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (27) que novos elementos fortalecem o indiciamento de Fábio Wajngarten, ex-ministro de Comunicação Social do governo Bolsonaro, pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas. As investigações apontam que Wajngarten teria sido designado pelo ex-presidente para ocultar e facilitar a venda de bens que, segundo a PF, foram desviados do acervo público.


O esquema envolvia a venda de joias do chamado “Kit Ouro Rosê” nos Estados Unidos por assessores de Bolsonaro, resultando em um desvio estimado em R$ 6,8 milhões (US$ 1,2 milhão). A nova evidência que reforça o indiciamento de Wajngarten surgiu a partir da análise do celular de Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. No aparelho, a PF encontrou uma procuração assinada pelo ex-presidente, designando Wajngarten como representante no Tribunal de Contas da União (TCU). O documento, segundo os investigadores, indicava que as joias estavam fora do Brasil, contrariando a versão oficial de que os bens estariam armazenados na Fazenda Piquet, propriedade de Bolsonaro em Brasília.


Wajngarten nega qualquer envolvimento irregular e alega ter atuado apenas como consultor jurídico no caso. No entanto, a PF argumenta que suas ações não se limitam ao papel de advogado, mas sim à tentativa de recuperar e ocultar as joias, simulando entregas para encobrir o verdadeiro paradeiro dos itens. O método adotado por Wajngarten, segundo os investigadores, seria semelhante ao utilizado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para recomprar joias do “Kit Ouro Branco”.


Entre os itens mencionados no inquérito estão um relógio Rolex da coleção “Rosê”, um kit “Ouro Branco” com outro Rolex, um relógio Patek Philippe Geneve e esculturas de um coqueiro e um barco.



O caso das joias sauditas se tornou um dos principais focos da PF nas investigações contra o ex-presidente e seus aliados. Bolsonaro já havia sido indiciado no ano passado, junto com outras 11 pessoas, sob a suspeita de envolvimento na apropriação e venda ilegal desses bens. Com os novos indícios, a situação de Wajngarten se complica ainda mais, aumentando a pressão sobre o núcleo próximo do ex-presidente.

 
 
 

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