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Em Barra Mansa, carro antigo é o que mais se vê — e não só nos encontros oficiais

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 12 horas
  • 2 min de leitura

Neste fim de semana, Barra Mansa promoveu mais uma edição do Encontro de Carros Antigos, realizado na Avenida Roosevelt Brasil. Com apoio da Prefeitura e organização da Aciap, em parceria com o Grupo Amigos da Barra de Direção, o evento atraiu famílias, colecionadores e curiosos. Modelos como Fuscas, Brasílias, Miuras, Pumas e Kombis roubaram a cena. Mas, ironicamente, em Barra Mansa, carro antigo é algo que não se limita aos encontros: é parte do cotidiano da cidade.


Enquanto a exposição homenageava a paixão por raridades sobre rodas, basta circular pelos bairros para perceber que a frota real de Barra Mansa também é majoritariamente antiga. Dados recentes mostram que grande parte dos veículos em circulação no município tem mais de 10 anos de fabricação. O culto ao passado, tão celebrado no evento, reflete também a dificuldade da população em renovar seus automóveis, seja pela crise econômica ou pela ausência de políticas locais que incentivem a modernização da frota.


É claro que iniciativas culturais como o Encontro de Carros Antigos têm seu valor: criam espaços de convivência, fomentam a memória afetiva e movimentam o comércio. Mas não dá para ignorar a contradição: a mesma cidade que aplaude a nostalgia sobre rodas enfrenta problemas diários com veículos velhos em circulação, aumentando os riscos de acidentes e a emissão de poluentes.


No evento, o prefeito Luiz Furlani comemorou a consolidação da Avenida Roosevelt Brasil como espaço de lazer. Mas faltou reconhecer que, para além dos finais de semana festivos, é preciso olhar com seriedade para a mobilidade urbana, para a segurança no trânsito e para a qualidade ambiental — temas que, infelizmente, continuam tão antigos quanto muitos dos carros que circulam pelas ruas de Barra Mansa.



 
 
 

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